SIAC
Atividade: Semana de Integração Acadêmica UFRJ.
Palavras chave:
Público: Graduandos
Data: 23 a 27 de Outubro de 2017
Local: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Descrição:
Durante a Oitava Semana de Integração
Acadêmica da UFRJ, foram apresentados cinco trabalhos. O primeiro “EDUCAÇÃO AMBIENTAL, SAÍDAS DE CAMPO E ENSINO DE BIOLOGIA:
UMA ARTICULAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO NA UFRJ”, trata-se de uma de nossas parcerias com o Colégio de
Aplicação da UFRJ (CAp-UFRJ), na qual são introduzidas questões
socioambientais nas saídas de campo realizadas com as turmas de segundo
ano do ensino médio do colégio, por iniciativa do professor de Biologia. As
discussões sobre os problemas enfrentados em cada uma das três localidades
visitadas complementam a formação dos licenciandos em Ciências Biológicas
responsáveis por planejar as saídas de campo, assim como complementa a formação
dos alunos das turmas do segundo ano.
O
segundo trabalho “EDUCAÇÃO AMBIENTAL, ALIMENTAÇÃO E ENSINO DE CIÊNCIAS: UMA
ARTICULAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO NA UFRJ” também trata-se de
uma de nossas parcerias com o CAp-UFRJ e com a Escola de Nutrição da UFRJ. As
atividades são realizadas no contexto de aulas de apoio de Ciências para as
turmas do sexto e sétimo ano do ensino fundamental. O planejamento das
atividades foi feito coletivamente para que se aproximasse ao conteúdo das
aulas de ciências. Alguns materiais didáticos foram utilizados, como maquetes,
confecção de alimentos, rótulos e vídeos, além da construção de uma horta
escolar. Durantes as atividades, foram discutidos tipos e qualidades de
alimentos dos discentes. Utilizamos o “guia alimentar para a população
brasileira”, que classifica os alimentos segundo seu grau de industrialização.
Foram discutidos aspectos do modelo de produção, propaganda, estrutura social
que interfere nos costumes e cultura alimentar. Destacamos os conflitos
socioambientais que se inserem na problemática da alimentação no país, desde a
produção ao consumo, passando por diversos setores como o agronegócio,
populações tradicionais, agricultura familiar, pequenos produtores e populações
urbanas enquanto consumidoras.
No terceiro trabalho “ESCOLA,
CONSUMO E JUVENTUDE: PERSPECTIVAS E TENSIONAMENTOS”, discutimos interfaces
da Educação Ambiental com questões atuais a partir da problemática do consumo
interligada à juventude e à escola. Destacamos questões como obsolescência dos
bens, excesso de propagandas, poluição e degradação ambiental. Para estimular
reflexões sobre dilemas relacionados ao consumismo juvenil, resgatamos
elementos de uma pesquisa do projeto, iniciada em 2013 com escolas públicas
municipais – parceiras na extensão, concluindo que dentre os sonhos de consumo
desses jovens estavam eletrônicos, viagens, imóveis, escola de qualidade,
trabalho e família. Atualmente na segunda fase, a pesquisa se propõe a discutir
a relação juventude/consumo e o papel mediador da escola, norteada por
questionamentos como: o que os jovens pensam sobre o consumo? quais são seus
principais hábitos de consumo? como a escola aborda a relação juventude/consumo?
como esta relação está presente na prática docente dos professores
investigados? o que cabe à escola nessa relação, dentro de um contexto de
reformas educacionais numa perspectiva conservadora? Por reconhecermos a escola
como espaço de disputas sobre concepções de sociedade e juventude, buscamos
nesta fase da pesquisa entender se e como a problemática do consumo na
sociedade atual está sendo discutida nestes contextos, confrontando percepções
dos jovens e dos docentes das escolas investigadas. Tencionamos estimular
reflexões sobre o consumo entre os jovens e suas abordagens nos espaços
escolares a partir de entrevistas e grupos focais com professores, estudantes e
gestores de uma escola pública estadual e outra federal.
O
quarto trabalho “EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA NA FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA
DE PROFESSORES: PARCERIAS, TEMÁTICAS E DESAFIOS” descreve as atividades do
projeto, que como objetivo a discussão e a problematização de conteúdos
relacionados ao ensino de ciências e biologia, à EA e suas interfaces, como
sustentabilidade, agroecologia, agricultura, alimentação, lixo, consumo etc,
focalizando o caráter político e social destas temáticas. Temos como subsídios
teóricos-metodológicos para nossas ações em EA a perspectiva crítica, que não separa
a questão ambiental dos contextos sociais dos sujeitos atingidos, entendendo o
meio ambiente como uma forma de construção cultural, social, política e
histórica. Trabalhamos, ainda, com autores do campo do currículo e da formação
docente, que nos ajudam a pensar sobre os saberes mobilizados pelos docentes em
suas práticas escolares. Em nossas atividades de extensão, produzimos
oficinas pedagógicas, materiais didáticos, cursos e minicursos. As parcerias e os diálogos que resultam das
relações com instituições públicas balizam nossas atividades de ensino,
pesquisa e extensão.
No quinto trabalho: “PARCERIAS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA NA ESCOLA
MUNICIPAL TENENTE ANTÔNIO JOÃO”, apresentamos
a parceria com a escola Escola Municipal Tenente Antônio João e com a Rede de
Agroecologia da UFRJ, que ocorreu durante o ano de 2016. A
parceria foi feita em articulação com os grupos de extensão Muda Maré, Muda,
EAPEB e Capim Limão. As atividades de educação ambiental aconteceram com as
turmas de quarto e quinto anos do ensino fundamental. Foram realizadas aulas
teóricas em sala de aula e práticas ao ar livre em espaço que seria destinado à
produção de uma horta escolar. Todas as atividades foram planejadas
coletivamente pelos grupos que compunham a parceria. Durante as aulas teóricas,
foram abordados questões da geografia local e o resgate histórico, utilizando
diversos materiais didáticos, como mapas, textos que abordavam as questões socioambientais envolvidas, imagens socioambientais, rótulos
e vídeos sobre a questão alimentar. Durante as atividades ao ar livre, foram
confeccionados minhocários e terrários. Também ocorreram discussões a respeito
da produção de alimentos, compostagem, modos alternativos de produção.
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