Relato sobre a excursão à Jurubatiba
Atividade: Excursão a Jurubatiba
Palavras chave: Restinga, questões socioambientais, excursão.
Público: Ensino médio
Data: 27 de Junho de 2015
Local: Colégio da Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(CAp-UFRJ); Restinga Jurubatiba.
Descrição: Dois estagiários de nosso projeto, o Pedro e a Gabriela, vem
acompanhando o professor de Biologia Filipe Porto em seu projeto de
saídas de campo para os alunos do segundo ano do ensino médio. Durante os meses
de abril, maio e junho, a excursão foi planejada por 11 licenciandos e
licenciandas e nossos estagiários, Projeto Fundão Biologia (FE-UFRJ),
supervisionados pelo professor Filipe. Um roteiro foi elaborado, visando
facilitar a dinâmica das atividades propostas. Segue o nosso relato e algumas
fotos tiradas no dia da excursão
A excursão com as três turmas do 2º ano do Ensino Médio
do CAp-UFRJ visam complementar o estudo sobre a diversidade dos organismos e
dos ecossistemas – dentro de um contexto de restinga. O local da primeira
das três excursões anuais foi o Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba (PARNA Jurubatiba). O
PARNA Jurubatiba é a única Unidade de Conservação de restinga do país e compreende os municípios fluminenses de Macaé, Quissamã e Carapebus.
Algumas práticas foram idealizadas e ministradas pelos licenciandos, em
três ecossistemas presentes na restinga (praia, moita e lagoa). Anteriormente,
uma introdução apresentando os históricos da Restinga e de Macaé – uns dos 10
municípios mais ricos do Brasil bem como questões socioambientais foram
expostas aos alunos. Nesse momento, nós (Gabriela e Pedro) apresentamos os
problemas que a cidade enfrenta, como: desigualdade socioeconômica, favelização
e violência.
Em relação ao PARNA Jurubatiba, expomos algumas
questões socioambientais, como: antagonismo royalties/favelização e o uso
recreativo descontrolado das lagoas da restinga. Seguindo o roteiro elaborado,
apresentamos dualidades crônicas de Macaé evidentes em Jurubatiba. Falamos aos
alunos que a favela de Lagomar, uma das mais perigosas da cidade, é vizinha ao
Parque e está em crescimento. A própria existência da favela é um exemplo das
desigualdades da cidade, pois ao longo de 40 anos da extração de petróleo e gás
pela Petrobrás (e outras grandes empresas), a população deveria ter uma
qualidade de vida melhor.
Além disso, expomos e tivemos o retorno dos
alunos quando falamos sobre o uso do parque como área de lazer. O que, em tese,
não acharam um problema, até nossa explicação sobre o uso da Lagoa de Cabiúnas
para banho, lavar roupa e até (!) a realização de um churrasco
O trabalho realizado se mostrou bem eficiente, levando em conta que os
estudantes se mostraram bem atentos e interessados durante a nossa fala, além
de terem levantado esses pontos em alguns momentos durante o decorrer da excursão,
o que mostra que eles estavam refletindo e ficaram preocupados com os problemas
que apresentamos para eles.
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